Em um jogo marcado por alguns erros de arbitragem e muitos
erros de finalização dos jogadores alvirrubros, o Náutico perdeu para o
Botafogo por 3x1 e caiu duas posições na tabela de classificação. Esse
resultado já serve para acender uma luz de alerta para o Timbu, que com a
vitória do Sport, ficou apenas 6 pontos de distância da zona do rebaixamento e
terá pela frente os três primeiros colocados do Brasileirão nos próximos jogos,
Grêmio (3º), Atlético/MG (2º) e Fluminense (1º).
Mal o jogo tinha começado e o Náutico já sofrera o primeiro
gol. Em jogada rápida de Andrezinho pela direita que cruzou rasteiro para
Elkesson, de letra, com extrema categoria, mandar para o fundo das redes de
Gideão e abrir o placar para o time da estrela solitária, 1x0. O Náutico reclamou
bastante de falta no zagueiro Jean Rolt que acompanhava Elkesson. O gol logo no
primeiro minuto deu um novo rumo a partida. O Náutico sentiu e ficou muito
atrás e dando espaços para o melhor jogador do Botafogo, Seedorf.
Por duas vezes o holandês chegou livre pelo lado direito e
levou perigo ao gol de Gideão. O volante Dadá, jogava improvisado como terceiro
zagueiro pelo lado esquerdo. Uma escolha errada do treinador Alexandre Gallo,
já que o jogador não era acostumado a fazer essa função e vira e mexe, voltava
para o meio, desguarnecendo um setor que já estava fragilizado por conta das
constantes subidas de Lúcio e o fraco poder de recomposição de setor do mesmo.
O Botafogo chegaria ao segundo gol novamente com Elkesson.
Desta vez pelo lado esquerdo de ataque, o jogador recebeu na área, passou como
quis pelo zagueiro Ronaldo Alves e mandou para as redes, ampliando a vantagem
do Botafogo no confronto, 2x0. Com a vantagem no marcador, era natural um
relaxamento do time carioca, mas na primeira etapa, isso não aconteceu no
âmbito da marcação. Tanto que o único perigo ao gol do jovem goleiro Renan, foi
numa cabeçada de Ronaldo Alves que acertou o travessão.
No segundo tempo, O Náutico voltou com Josa,
recém-contratado ao Salgueiro no lugar do volante Dadá. Josa, quando atuava no
carcará, atuava como terceiro zagueiro e já conhecia a posição. Com isso,
corrigiu o principal defeito do Náutico na primeira etapa, consequentemente
acabou com a velocidade e as subidas do único titular da defesa do Botafogo, o
lateral-direito Lucas.
O Náutico melhorou em campo, foi pra cima e conseguiu
diminuir o marcador antes dos 10 minutos. Souza invadiu a área e caiu. O juiz
marcou pênalti. Na cobrança, Araújo, com muita categoria, deslocou o goleiro e
diminuiu o marcador. Sentindo o bom momento no jogo, Gallo colocou Rogério no
ataque na tentativa de colocar mais velocidade no ataque.
E a mudança surtiu o efeito esperado. Rogério não atuava
desde o inicio do pernambucano quando sofreu uma dura entrada do lateral do
América, Maneco, voltou bem, mostrando que não ficou nenhum resquícios da lesão
que o deixou 6 meses longe dos gramados. O Jogador foi pra cima da zaga do
Botafogo que recuou muito, temendo o gol de empate alvirrubro. E isso não
aconteceu por pouco.
Foram pelo menos 3 grandes oportunidades desperdiçadas pelos
atacantes do Náutico. A primeira foi com o próprio Rogério que recebeu na área
e chutou de primeira, Renan espalmou. As outras duas foram com Araújo e
incrivelmente, ele conseguiu chutar para fora as duas oportunidades, mesmo
estando livre de marcação e dentro da área do Fogão.
Como quem não faz leva, Em um contra-ataque rápido do
Botafogo, Seedorf, mais uma vez com liberdade, descobriu o meia Andrezinho
entrando livre na área. O jogador ajeitou o corpo e chutou colocado, fraco, o
Gideão aceitou e decretou a derrota do Náutico. Em um jogo que o Náutico teve
tudo para ganhar, saiu derrotado. A vitória do Botafogo evidência uma equipe de
série A. Um time que tem poucas oportunidades, mas não vacila quando as têm. Ao
Náutico, resta mais uma vez lamentar as chances perdidas e agora, tem o Grêmio
pela frente, no estádio Olímpico.
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