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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sport domina no inicio, não mata o jogo e sofre o castigo no final

A torcida do Sport voltou a comparecer num bom número à Ilha do Retiro. Foram quase 20mil torcedores que viram um Sport dominando o jogo desde o primeiro minuto. Abriu o placar cedo, logo com 4 minutos e ainda perdeu diversas oportunidades. Tinha que ser assim e não era para menos. O Bahia é um adversário direto na luta do Leão contra o rebaixamento. Só que o Leão não manteve o mesmo ímpeto no segundo tempo, acabou sofrendo o empate aos 37min e saiu com um gosto amargo de derrota do jogo. Agora, o Leão está a 4 pontos do Flamengo, primeiro clube fora do temido Z4.
 
Embalado pela vitória contra o Cruzeiro de virada na última rodada, o Sport começou marcando a equipe do Bahia no seu próprio campo, pressionando e forçando o time baiano a errar passes no meio-campo. Dessa forma, não demorou muito para o Leão abrir o placar. Em boa jogada de Renê pela esquerda que cruzou na medida para Hugo, subir mais alto que Jussandro e de cabeça, abrir o marcador, Sport 1x0.
 
O gol enervou ainda mais o time do Sport que continuou em cima e dois minutos depois, por pouco não ampliou o placar. Novamente jogada de linha de fundo, dessa vez, foi Cicinho que foi ao fundo e cruzou na medida para Rithelly que veio de trás e cabeceou no contrapé de Marcelo Lomba que conseguiu fazer uma excelente defesa.
 
Só dava Sport. O meio-campo do Bahia, mesmo com três volantes não conseguia fazer uma boa marcação, principalmente porque os meio-campistas do Sport se movimentavam bastante e sempre apareciam com liberdade no ataque. Definitivamente, a bola cruzada era o calo do Bahia. Por pouco, depois de mais um cruzamento de Cicinho, Rithelly não marcou, dessa vez a bola foi para fora.
 
O Bahia apesar de só se defender, tinha qualidade, tocava bem a bola e tinha paciência para esperar uma oportunidade. No entanto, a forte e boa marcação exercida pela equipe rubro-negra, impedia o time baiano de crescer no jogo. Tanto que o único momento de perigo do Bahia na primeira etapa, foi numa cobrança de falta que o goleiro Saulo saiu errado e a bola sobrou para Souza que não conseguiu dominar e a zaga do Sport espanou a bola.
 
Já o Sport abusava de perder oportunidades. Gilsinho, em cobrança de falta ensaiada, perdeu mais uma, a bola passou perto, rasteira, Marcelo Lomba apenas torceu. O Sport chegaria com perigo mais uma vez num contra-ataque rápido puxado por Felipe Azevedo que percebeu a passagem de Renê e tocou na medida. O lateral do Sport saiu na cara de Marcelo Lomba e tentou encobrir o goleiro baiano, mas também encobriu a meta do arqueiro.
 
Na volta para o segundo tempo, o Bahia voltou com Elias no lugar do apagado Zé Roberto. Essa modificação deixou o time com três atacantes, sendo que dois deles jogavam bem abertos, deixando mais espaços para Souza no meio, fazer a "parede" como gosta de fazer. O Bahia dessa forma ficou mais perigoso, e praticamente tomou o meio-campo e trocava passes com facilidade.
 
Essa aparente facilidade em jogar do Bahia se limitava ao meio-campo. Fechadinho, o Sport não deixava o Bahia se aproximar muito da área rubro-negra. Mesmo assim, o Bahia levou perigo com Elias que entrou na área e chutou cruzado, para fora.
 
O Sport nem de longe lembrava a equipe da primeira etapa. Passou a se defender mais e esperar uma oportunidade para matar o jogo. Essa oportunidade apareceu. Após uma saída de bola atrapalhada, o zagueiro Titi perdeu a bola para Hugo que avançou e soltou o pé de fora da área, a bola passou raspando a trave de Marcelo Lomba. Ao contrário do primeiro tempo, esse foi o único lance de perigo do Sport na segunda etapa.
 
O Bahia também não teve grandes lances. Só teve de fato dois grandes lances, num deles, empatou o jogo. No primeiro lance, Elias recebeu a bola no meio, depois de boa troca de passes e arriscou de longe, a bola carimbou o travessão de Saulo. Esse lance foi aos 28 minutos da segunda etapa e foi de fato, o primeiro grande susto da torcida rubro-negra.
 
Torcida essa que começava a ficar preocupada porque sentia que seu time tinha caído bastante de rendimento. Enquanto o Sport trocava seis por meia-dúzia, no nítido convencimento que o jogo estava bom, o Bahia tentava a todo custo chegar ao empate que aconteceu aos 37. Cruzamento na área, a bola passou por todo mundo e sobrou para Elias que percebeu a chegada de Hélder. O volante do Bahia ajeitou e mandou uma bomba cruzada para empatar o jogo.
 
O Bahia usou do mesmo artifício que o Sport no primeiro tempo. O elemento surpresa foi fundamental para quebrar a boa marcação exercida pelo Sport até aquele momento. Pelo segundo tempo feito pelo Bahia, podemos dizer que o time mereceu o gol. Dizer que o empate foi justo tem duas frentes distintas. A primeira é que seria injusto afirmar diante de tantas possibilidades criadas na primeira etapa pelo leão. Porém, na segunda, o empate se fez jûs, pela qualidade do time baiano, que em nenhum momento usou de chutão e teve paciência para descobrir uma brecha na defesa rubro-negra.

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