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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Humilhante: Paysandu goleia o Sport em plena Ilha do Retiro

Nem o mais otimista dos torcedores do Paysandu sonhava com um resultado tão expressivo da sua equipe em cima do Sport na Ilha do Retiro. O fato é que os 4x1 aplicados em cima do Sport, selou uma classificação incontestável do Paysandu que foi melhor nos dois jogos, tanto tecnicamente quanto taticamente. Agora, resta ao Sport se concentrar no Campeonato Pernambucano, já que tem um clássico decisivo contra o Santa Cruz no próximo domingo onde será definido quem ficará com a primeira colocação na 1ª fase do estadual.
O inicio do jogo dava indícios que o Leão tinha encontrado o jeito certo de jogar contra o Paysandu. Com menos de um minuto, o lateral Moacir já infernizava a defesa do papão a exemplo do primeiro jogo em Belém. Só que a pouca criatividade ofensiva do Leão, dificultavam as coisas e o Sport não conseguia levar muito perigo ao gol de Paulo Rafael.
A opção do técnico Mazola Júnior em entrar com três volantes e apenas um meia, que era Marcelinho Paraíba, nem funcionou defensivamente, muito menos ofensivamente. Marcelinho sofreu com a marcação individual de Neto e sem companhia na armação pouco produziu. Para piorar as coisas, o homem mais veloz do ataque, Williams, se machuca. No seu lugar entrou Jheimy que não tem essa característica de vir de trás.
Na teoria, o time do Sport era um, mas na prática era totalmente diferente. Hamilton que voltou de contusão, fazia o papel de terceiro zagueiro, com isso, o Paysandu ganhava o meio-campo, já que Moacir e Rene não estavam conseguindo fazer a função de ala. O Sport até a saída de Williams jogava num 3-6-1, um esquema que não é recomendado para uma equipe que precisa vencer o jogo.
Depois da entrada de Jheimy, o Sport passou para o 3-5-2, mas mesmo assim, não conseguia criar oportunidades devido a boa marcação do Paysandu. Que não se limitou só a marcar, pelo contrário, foi do Papão as duas chances mais claras de gol no primeiro tempo. Primeiro com o bom meia Thiago Potiguar, que entrou livre pela esquerda e cara-a-cara com Magrão desperdiçou. Depois foi a vez do mesmo Thiago infernizar a defesa do Sport e cruzar para Rafael Oliveira, mas Magrão fechou o ângulo e impediu o gol do Paysandu.
Pelo lado do Sport, que mereça registro na primeira etapa, só um chute de Renê que Paulo Rafael defendeu sem maiores dificuldades e uma boa cobrança de falta, onde o goleiro do Papão apareceu bem novamente. No mais, um 0x0 ao som de vaias no final da primeira etapa.
Na volta para o segundo tempo, esperava-se um Sport diferente. Pelo menos com mais vontade de vencer o jogo. Mazola promoveu a entrada de Marquinhos Paraná na vaga de Rivaldo, na tentativa que o volante encostasse mais em Marcelinho Paraíba para ajudar na criação de jogadas, mas não aconteceu isso. Porque? Simplesmente, pelo fato de Hamilton ter continuado sendo o terceiro zagueiro e dando espaço no meio-campo para o Paysandu atacar. Sendo assim, Marquinhos Paraná teve também que marcar antes de tentar criar.
E que estava ruim, começou a piorar. Naldinho sentiu o tornozelo e pediu para sair. Mazola então colocou o atacante Ruan e foi para o "tudo ou nada" já que não tinha sequer um meia no banco. A entrada do atacante deu ainda mais espaços para o Paysandu que num contra-ataque rápido abriu o placar.
Lançamento longo para Yago Pikachu. Renê na tentativa de cortar, errou o bote e a bola ficou limpa para o lateral do Papão que até então não lembrava nem de longe a sua atuação da primeira partida. Só que Pikachu arrancou pela direita, entrou na grande área e soltou uma bomba rasteira. A bola passou por baixo do goleiro Magrão e morreu no fundo das redes, 1x0 Paysandu.
O técnico Lecheva sentindo que o Sport ia partir pra cima de todo jeito, colocou o atacante Heliton, mais veloz, na vaga de Adriano Magrão. E a estrela do treinador brilhou. Em mais uma jogada de Thiago Potiguar pelo lado esquerdo, o atacante passou como quis e só rolou para Heliton que acabara de entrar marcar o segundo do Paysandu.
Aquela altura, o Sport precisava fazer 4 gols para se classificar. O zagueiro Bruno Aguiar foi jogar de atacante e se deu bem. Depois de um cruzamento de Jheimy que a zaga do Paysandu não cortou, o zagueiro bateu com categoria e diminui o placar, 2x1.
O gol deu uma animada no Sport que passou a pressionar mais. O Paysandu por sua vez recuou por completo e aceitou a pressão do Leão de certa forma. O Sport abusou de bolas levantadas a área, mas encontrava um Paulo Rafael inspirado e ganhando todas pelo alto. Quando a bola passou pelo goleiro, parou na trave num cruzamento em que o goleiro não alcançou, a bola bateu em seu defensor e quase entra, seria gol contra.
Marcelinho Paraíba que andava sumido no jogo reapareceu numa cobrança de falta que obrigou o goleiro do Papão a fazer uma ótima defesa. Só que aí, num contra-ataque saiu o terceiro gol do Paysandu. Helinton disputou a bola com Hamilton, fez a falta, mas o juiz Paulo César de Oliveira não viu e mandou o jogo seguir. O atacante do Paysandu entrou na frente de Magrão e com calma, tocou na saída do goleiro.
Já nos acréscimos veio o golpe de misericórdia. Numa linda jogada entre Rafael Oliveira e Harison que havia entrado na vaga de Thiago Potiguar, terminou na finalização precisa de Rafael, decretando a vitória humilhante do Paysandu para cima do Sport na Ilha do Retiro.
Fim de jogo, Vaias e mais vaias para a equipe, xingamentos para o técnico Mazola Júnior e o Sport que tinha pretensões de ao mínimo chegar as quartas-de-finais da Copa do Brasil, eliminado já na primeira fase. É o preço que se paga por colocar em campo uma equipe extremamente defensiva para um jogo em que se precisava da vitória. Isolou o principal jogador e jogou num 3-5-2 mal treinado que culminou com um buraco no meio-campo, facilitando as investidas do Paysandu e mais uma vez dando liberdade ao principal jogador adversário, Thiago Potiguar que fez o que quis. Acorda Sport, série A vem aí.

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