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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sport vence o Náutico nos Aflitos em jogo cheio de polêmicas

O Sport deu um importante passo rumo á grande decisão do Campeonato Pernambucano. Em um jogo que foi marcado por polêmicas de arbitragem, o Leão venceu o Timbu por 2x1, dentro da casa do adversário e agora só perde a vaga se for derrotado por 2 gols de diferença no próximo domingo na Ilha do Retiro. Para Náutico, só  quebrar um tabu que já perdura por 4 anos, de não vencer o Sport na Ilha e fazer nesse estadual o que não faz desde a primeira rodada, vencer por dois gols de diferença uma partida fora de casa (venceu o Porto, em Caruaru, por 2x0).
Só que o início do jogo para o Náutico foi bastante interessante. O Técnico Alexandre Gallo que fez sua estreia, armou uma equipe com três volantes que saem bastante para o jogo e recomendou que Souza, encostasse em Ramom para ajudar na criação. Além disso, forçou bastante o lado direito, com o revesamento de Derley e João Ananias e ainda as investidas de Rodrigo Tiuí pelo setor.
Só que o Náutico também exercia uma boa marcação. Derley, sem a bola, procurava colar em Marcelinho Paraíba e dificultou bastante a vida do meia Rubro-Negro que chegou a reclamar a Mazola que estava jogando sozinho. Já que Marquinhos Paraná estava mais recuado devido ao bom volume de jogo alvirrubro.
O Náutico só não saiu na frente no marcador, porque Rodrigo Tiuí tem a "Perna Curta". Em três oportunidades, a bola passou na sua frente e o atacante não conseguiu escorar para as redes. Na mais claras delas, o jogador travou com Bruno Aguir, se levantou e ainda tentou finalizar, mas pegou mal, e a bola foi para fora.
Antes disso, Tiuí já tinha mandado uma bola com perigo que Magrão apenas olhou e torceu. Aí, vieram as primeiras polêmicas. Depois de uma linda enfiada de Ramom, Elicarlos recebeu a bola livre na área e na hora de chutar recebeu um empurrão, de leve, mas Elicarlos foi ao chão. O juiz Ricardo Tavares entendeu que o jogador simulou e deu cartão amarelo.
Minutos depois, mais polêmica. Renê já tinha cartão amarelo e fez falta dura. Era para ser expulso, mas Ricardo Tavares fez vista grossa e não marcou nada. Esperto, Mazola Júnior imediatamente colocou Julinho na vaga de Renê.
O sport vivia na base do contra-ataque. Os três zagueiros rubro-negros sentiram a pressão e recuaram bastante. Assim, Hamilton que fazia essa proteção no meio-campo, também recuou, devido ao espaço deixado entre a defesa e o meio. Mesmo assim, o Sport conseguiu um contra-ataque que acabou resultando em gol. Na verdade, Jael teve a grande chance de marcar, quando recebeu de Jheimy e saiu na cara de Gideão, mas perdeu o gol. Méritos também para Gideão que fez uma excelente defesa.
Só que depois da defesa de Gideão, a zaga do Náutico cortou para lateral. Na cobrança, Derley cochilou de deixou Marcelinho Paraíba livre, fato que ainda não tinha acontecido na partida. Então Jheimy percebeu, fez o giro na marcação e tocou para o meia rubro-negro, bater de direita, desequilibrado, mas no contra-pé de Gideão, festa rubro-negra, 1x0 Sport.
O gol não abateu o Náutico que continou em cima. Novamente Rodrigo Tiuí teve boa chance de marcar, mas cabeceou para fora. A pressão continou, o gol parecia que ia sair a qualquer momento e saiu. Depois de uma cobrança de falta, Ronaldo Alves subiu mais que todo mundo e empatou o jogo, 1x1.
Só que não deu nem tempo de comemorar. No lance em que Jael perdeu um gol de frente para Gideão, o zagueiro Marlon do Náutico, se machucou no lance e deu lugar a Cesar Marques. E foi justamente ele, quem deu a chance do Sport voltar a ficar a frente no marcador. O zagueirão segurou Jael na pequena área e Ricardo Tavares deu penalti. Na cobrança, Marcelinho Paraíba bateu forte, no meio do gol, mas Gideão, esticou a perna e fez a defesa.
A defesa do Penalti voltou a animar os alvirrubros que ainda tiveram mais uma chance no finalzinho do primeiro tempo. Souza bateu uma falta com maestria, mas a bola caprichosamente bateu na trave e passou por trás do goleiro Magrão e não etreou. E o primeiro tempo terminou mesmo no 1x1.
Na volta para o segundo tempo, Mazola tentou acertar a marcação no meio e diminuir a lacuna entre os zagueiros e os volantes colocanto Rivaldo na vaga de Jheimy. Em tese até que funcionou, o Sport perdeu força ofensiva, mas ganhou uma melhor saída de bola e mais folego na marcação.
No entanto, o Náutico seguia dominando as ações, mas não da mesma forma que dominou na primeira etapa. Os lances de perigo não foram muitos e o jogo ficou mais pegado e com muitas faltas. Numa delas, Elicarlos fez falta, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso para a revolta do jogador que alegou ter feito sua primeira falta no jogo.
Mesmo com um homem a menos, o Náutico teve uma grande chance de virar o jogo em uma cobrança de falta de Souza, que Cesar Marques deu um leve desvio e obrigou Magrão a fazer uma excelente defesa. Pouco tempo depois, o mesmo César Marques girou dentro da área e chutou para fora.
Depois disso o Náutico cansou. Gallo fez uma modificação que visou melhorar a marcação e a condição fisíca do time quando colocou Lenon na vaga de Siloé. Só que ele, ganhou uma melhor marcação, mas também tirou o jogador que mais preocuva a zaga do Sport. Siloé fez com que Moacir pouco subisse ao apoio, porque estava forçando as jogadas pela direita.
Com a saída do atacante alvirrubro, o Sport voltou a liberar mais os alas e passou a comandar o jogo no meio-campo. E foi numa jogada justamente de Moacir que passou por dois e acabou sendo derrubado por Jefferson que o Sport conseguiu uma penalidade máxima. Na cobrança novamente Marcelinho Paraíba, só que dessa vez, Gideão ainda conseguiu tocar na bola, mas não evitou o gol do Leão. Era o gol da vitória do Sport, que aumentou ainda mais a vantagem rubro-negra no confronto.
Ao Náutico restou lamentar bastante a arbitragem de Ricardo Tavares. Para os alvirrubros, se o penalti fosse marcado e o lateral Renê tivesse sido expulso, mudaria e muito o rumo da partida. Reclamções a parte, foi notório a mudança de postura imposta por Gallo ao time do Náutico. A equipe correu bastante e voltou a demonstrar a garra que foi marca registrada do Timbu na série B do ano passado.
O Sport voltou a apresentar as falhas na defesa que vem se tornando comuns nos últimos jogos, mesmo atuando com três zagueiros. Só que a diferença do Leão chama-se Marcelinho Paraíba. O jogador mais uma vez foi decisivo, marcando os dois gols e chamando a responsabilidade para si. O grande segredo do jogo foi esse, o Náutico não tem quem resolva e o Sport tem Marcelinho.

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