Apesar de bastante movimentado, o primeiro clássico dos
clássicos do ano na série A, terminou sem gols. Pior para o Sport que continua
na zona do rebaixamento, agora com 15 pontos e em 19ª lugar na competição. O
Sport ainda acumula um record negativo. Já são 7 jogos que a equipe não marca
sequer um golzinho. De lá para cá são 32 dias que o torcedor rubro-negro está
com o grito preso na garganta. Já o Náutico fecha o 1º turno com 24 pontos, na
11ª colocação. Os times voltam a campo já no meio de semana. O Sport vai até
Volta Redonda/RJ enfrentar o Flamengo enquanto o Náutico recebe o Figueirense
nos Aflitos.

Mesmo jogando com três volantes, o Sport era ofensivo. O
meia Hugo era o organizador do time, se movimentava bastante e sempre dava
alternativa para quem vinha de trás. COm isso, Rithelly e Moacir apoiavam
bastante e vira e mexe apareciam com perigo na intermediaria alvirrubra. Porém,
o primeiro grande momento do jogo, foi do Naútico. No único contra-ataque
armado na primeira etapa, Kieza recebeu de Rhayner, mas frente-a-frente com
Magrão, chutou em cima do goleiro, desperdiçando uma excelente oportunidade.
A resposta do Leão veio em dose dupla. Em ótima tabela entre
Hugo e Gilsinho, o atacante rubro-negro entrou na área e cruzou rasteiro.
Rithelly entrou livre e chutou de carinho, Gideão fez bela defesa, no rebote a
bola sobrou limpa para Felipe Azevedo que teve tempo de ajeitar o corpo e bater
firme. Novamente o goleiro do Náutico estava lá e salvou o Timbu de tomar o
gol.
O Sport se animou mais ainda depois das oportunidades
desperdiçadas. O Náutico parecia morto em campo, sem alma, sem vontade. O Sport
não, o Leão era quem tentava a todo custo o gol. Nem parecia uma equipe que
figura na zona do rebaixamento. O problema do Sport é justamente na
finalização. Bom passe de Hugo pelo meio, Patric e Rithelly disputam a bola,
melhor para o rubro-negro que ganha, entra na área e de cara com Gideão, chuta
forte, mas acerta a trave.
No segundo tempo, nada mudou. O Sport atacando e o Náutico
se defendendo como pode. Parecia duelo de caça ao rato. Hugo teve uma boa
chance ao receber livre dentro da área, mas entre matar no peito e finalizar,
demorou muito e a zaga chegou prensando e o chute do meia rubro-negro saiu
fraco nas mãos de Gideão.
O Sport pressionava tanto, que tinha vezes que subiam os
dois laterais ao mesmo tempo. Tanto Cicinho, quanto William Rocha praticamente
só atacavam, já que nem Patric muito menos Douglas Santos mostravam ímpeto
ofensivo. William Rocha num chute de fora de área, fez Gideão trabalhar mais
uma vez.
O Náutico que já não estava bem na partida, ainda perdeu seu
atacante. Kieza sentiu uma lesão na coxa e foi substituído por Kim que nada
acrescentou a equipe. O Sport por sua vez, continuava a desperdiçar
oportunidades. Se no primeiro tempo foi Rithelly quem apareceu livre na área,
desta vez a bola veio para Renan Teixeira, que soltou a bomba, mais uma vez
Gideão estava lá para garantir a rapadura alvirrubra.
Final de jogo, um 0x0 que soou injusto para os rubro-negro.
Mas como não existe justiça no futebol, melhor para os alvirrubros que somam um
ponto importante fora de casa. Para os rubro-negros, restam o consolo de que a
equipe fez uma boa partida e que pode vir a melhorar neste returno. Waldemar
deu um novo ânimo aos jogadores que se agruparam melhor em campo e lutaram até
o fim, bem a filosofia do seu treinador. Foi um bom clássico, só não foi melhor
por dois motivos. O primeiro, lógico, porque as redes não balançaram. O segundo
motivo, foi o fato da passividade do Náutico. Enquanto o Sport entrou para
disputar uma final, o Timbu parecia que estava num amistoso, no CT, só de
colete, lamentável.
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