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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Clássico dos clássicos termina sem gols na Ilha do Retiro

Apesar de bastante movimentado, o primeiro clássico dos clássicos do ano na série A, terminou sem gols. Pior para o Sport que continua na zona do rebaixamento, agora com 15 pontos e em 19ª lugar na competição. O Sport ainda acumula um record negativo. Já são 7 jogos que a equipe não marca sequer um golzinho. De lá para cá são 32 dias que o torcedor rubro-negro está com o grito preso na garganta. Já o Náutico fecha o 1º turno com 24 pontos, na 11ª colocação. Os times voltam a campo já no meio de semana. O Sport vai até Volta Redonda/RJ enfrentar o Flamengo enquanto o Náutico recebe o Figueirense nos Aflitos.

O jogo começou com o Sport tentando pressionar a equipe do Náutico. Marcando em cima, o Leão não deixava o Timbu jogar e dominava todas as ações ofensivas do jogo. Apesar disso, o time não conseguia chegar com perigo a meta defendida por Gideão. O Náutico, por sua vez, apresentava uma proposta bastante defensiva, não atacava e marcava muito recuado.
Mesmo jogando com três volantes, o Sport era ofensivo. O meia Hugo era o organizador do time, se movimentava bastante e sempre dava alternativa para quem vinha de trás. COm isso, Rithelly e Moacir apoiavam bastante e vira e mexe apareciam com perigo na intermediaria alvirrubra. Porém, o primeiro grande momento do jogo, foi do Naútico. No único contra-ataque armado na primeira etapa, Kieza recebeu de Rhayner, mas frente-a-frente com Magrão, chutou em cima do goleiro, desperdiçando uma excelente oportunidade.
A resposta do Leão veio em dose dupla. Em ótima tabela entre Hugo e Gilsinho, o atacante rubro-negro entrou na área e cruzou rasteiro. Rithelly entrou livre e chutou de carinho, Gideão fez bela defesa, no rebote a bola sobrou limpa para Felipe Azevedo que teve tempo de ajeitar o corpo e bater firme. Novamente o goleiro do Náutico estava lá e salvou o Timbu de tomar o gol.
O Sport se animou mais ainda depois das oportunidades desperdiçadas. O Náutico parecia morto em campo, sem alma, sem vontade. O Sport não, o Leão era quem tentava a todo custo o gol. Nem parecia uma equipe que figura na zona do rebaixamento. O problema do Sport é justamente na finalização. Bom passe de Hugo pelo meio, Patric e Rithelly disputam a bola, melhor para o rubro-negro que ganha, entra na área e de cara com Gideão, chuta forte, mas acerta a trave.
No segundo tempo, nada mudou. O Sport atacando e o Náutico se defendendo como pode. Parecia duelo de caça ao rato. Hugo teve uma boa chance ao receber livre dentro da área, mas entre matar no peito e finalizar, demorou muito e a zaga chegou prensando e o chute do meia rubro-negro saiu fraco nas mãos de Gideão.
O Sport pressionava tanto, que tinha vezes que subiam os dois laterais ao mesmo tempo. Tanto Cicinho, quanto William Rocha praticamente só atacavam, já que nem Patric muito menos Douglas Santos mostravam ímpeto ofensivo. William Rocha num chute de fora de área, fez Gideão trabalhar mais uma vez.
 Waldemar resolveu dar folego ao ataque. Trocou os dois atacantes. Henrique e Gilberto entraram nos lugares de Gilsinho e Felipe Azevedo. A ideia do comandante rubro-negro era ter pelo menos um homem fixo na área, já que o Náutico não ameaçava. E essa tática quase deu resultado. Em cobrança de escanteio de Cicinho, Gilberto subiu mais que todo mundo e acertou o travessão de Gideão.
O Náutico que já não estava bem na partida, ainda perdeu seu atacante. Kieza sentiu uma lesão na coxa e foi substituído por Kim que nada acrescentou a equipe. O Sport por sua vez, continuava a desperdiçar oportunidades. Se no primeiro tempo foi Rithelly quem apareceu livre na área, desta vez a bola veio para Renan Teixeira, que soltou a bomba, mais uma vez Gideão estava lá para garantir a rapadura alvirrubra.
Final de jogo, um 0x0 que soou injusto para os rubro-negro. Mas como não existe justiça no futebol, melhor para os alvirrubros que somam um ponto importante fora de casa. Para os rubro-negros, restam o consolo de que a equipe fez uma boa partida e que pode vir a melhorar neste returno. Waldemar deu um novo ânimo aos jogadores que se agruparam melhor em campo e lutaram até o fim, bem a filosofia do seu treinador. Foi um bom clássico, só não foi melhor por dois motivos. O primeiro, lógico, porque as redes não balançaram. O segundo motivo, foi o fato da passividade do Náutico. Enquanto o Sport entrou para disputar uma final, o Timbu parecia que estava num amistoso, no CT, só de colete, lamentável.

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