
O jogo teve um inicio movimentado. Embalado pela empolgação
da torcida, o Náutico tratou logo de assumir uma postura ofensiva, sufocando o
adversário e criando em menos de 10 minutos, duas grandes chances de marcar. A
primeira foi com Kieza. O atacante recebeu passe em profundidade, ganhou a
disputa com Rogério Ceni, mas perdeu o ângulo. Isso deu tempo do goleiro do São
Paulo se recuperar e defender com os pés o chute do artilheiro alvirrubro.
Depois foi a vez de Araújo fazer o inacreditável futebol
clube aparecer. A zaga do São Paulo vacilou e deixou Araújo livre para
finalizar. O chute veio de primeira, mas o goleiro tricolor fez uma excelente
defesa, mas espalmou para o meio. A bola voltou nos pés de Araújo, que dentro
da pequena área, com o goleiro do São Paulo caído, fez o mais difícil, chutou
por cima.
Mas de tanto tentar, o Náutico conseguiu seu gol. Novamente
a zaga do São Paulo vacilou e deixou Kieza livre na área. O atacante alvirrubro
dominou a bola e chutou. No meio do caminho, Rafael Tolói cortou com o braço,
Pênalti. Na cobrança, o próprio Kieza bateu firme no canto direito de Rogério e
abriu o marcador, 1x0 Náutico.
Depois do gol, o Náutico se fechou e começou a apostar nos
contra-ataques. O São Paulo tocava bem a bola, mas não conseguia fazer nenhuma
jogada aguda e a zaga do Náutico sempre conseguia afastar a bola. O São Paulo
teve em chutes de longe, mas nenhum levava perigo a meta de Gideão. O jogo tava
do jeito que o Náutico queria. E em um lançamento de Araújo, a bola depois do
corte da zaga sobrou para Rhayner que ganhou a disputa, invadiu a área e
chutou. Rogério Ceni deu rebote, novamente nos pés de Araújo que dessa vez não
desperdiçou, 2x0 Náutico.
Com a vantagem ampliada, o Náutico se fechou mais ainda e
deu campo para o São Paulo jogar. Porém, a criatividade em baixa da equipe
paulista, alíada a boa marcação do Náutico, dificultavam as coisas para o São
Paulo, que em toda primeira etapa, só veio realmente assustar a poucos minutos
do fim. Em cobrança de falta de Rogério Ceni, Gideão ficou apenas olhando e
torcendo. A bola raspou a trave e ficou na rede pelo lado de fora. Quem tava no
lado contrário viu gol.
Na segunda etapa, o São Paulo voltou com uma postura mais
ofensiva, tentando pressionar o Náutico. E conseguiu até uma série de
cruzamentos e alguns escanteios, nos primeiros 10 minutos. Só que continuou na
mesma, Gideão sem ser exigido. A zaga alvirrubra se defendia bem e ligava os
contra-ataques numa velocidade impressionante. Num deles, Rhayner saiu de seu próprio
campo, passou por dois marcadores, mas na hora de finalizar, chutou por cima.
Mas numa cobrança de escanteio, aconteceu mais um lance
incrível no jogo. O goleiro Rogério Ceni foi cortar o cruzamento de Souza, mas
a bola tomou o efeito contrário e foi para seu próprio gol. Gol contra do
goleiro-artilheiro do São Paulo, 3x0 Náutico. No entanto, Rogério viria a se
redimir. Em mais um contra-ataque rápido da equipe alvirrubra, a bola chegou
para Souza que cruzou na medida para Araújo que mergulhou bonito, mas o
arqueiro do São Paulo fez mais bonito ainda e defendeu.
E o jogo ficou nisso mesmo. Pelo terceiro jogo seguido nos
Aflitos, o Náutico vence por 3x0 e sobe na classificação. Alexandre Gallo vem
conseguindo dar um padrão de jogo a equipe. Hoje já se sabe o jeito do Náutico
jogar. Explorando a velocidade dos seus atacantes e marcando firme no
meio-campo. O Náutico está no caminho certo. Agora, tem que continuar se
reforçando, pois o campeonato é longo e elenco é fundamental nessa competição.
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